Os meios de comunicação no Colégio Estadual do Campo Iraci Salete Strozak
A
inserção de uma proposta de comunicação que dialogue com as
diferentes linguagens, vem sendo assumida pelo colégio, desde 2009. O
processo de discussão sobre o desenvolvimento dos meios de
comunicação surge da necessidade dos alunos terem um espaço para
expressar suas ideias, seus aprendizados, suas culturas, relacionado
tanto aos
processos de formação da própria escola, quanto aos processos de
formação do MST.
Cabe
aqui apresentar os meios de comunicação elaborados na escola como o
jornal escolar “Frutos da Luta”, o Fanzine “Mini-Revista” e a
“Rádio Escola”. Esses três
instrumentos de comunicação foram criados pela auto-organização
dos alunos e,
incentivados
por professores,
com a intenção de existir
uma forma de comunicação entre
eles e a escola. Surge então da demanda concreta do ato
comunicativo, que mobilizou toda a escola para ajudar a pensar como
seria a proposta e como seriam mantidos esses veículos citados.
O
boletim escolar “Frutos da Luta” agrega diversos gêneros
textuais e entre eles estão presentes nas edições: reportagens,
notícias, editoriais, charges, poemas, desenhos e fotos. A 1ª
edição
do jornal escolar foi editada em julho de 2012. Essa edição foi o
lançamento do que seria o surgimento do Coletivo de Comunicação na
escola. As reportagens foram sobre a ocupação feita pelos
estudantes no Núcleo de Educação em Laranjeiras do Sul, a comida
enlatada, a proposta pedagógica da escola e sobre a realização das
Conferências da Juventude que os alunos participaram.
Na
2ª
edição,
o jornal apresenta algumas mudanças em seu design e conteúdo, onde
se denota um domínio maior da escrita por parte dos estudantes. Os
assuntos abordados nesta edição do jornal são voltados para a
descrição das atividades desenvolvidas na escola, desde seus
projetos didático pedagógicos e para didáticos, até o
envolvimento dos estudantes em outros espaços de formação.
A
3ª edição do jornal se apresenta como uma cara mais nova de se
pensar e fazer a comunicação na escola, as reportagens, relatos,
piadas e poemas demonstram as perspectivas que a juventude sente para
com as possibilidades e desafios enfrentados pela escola. Nessa
edição, as reportagens apresentam a organização da escola pelos
complexos temáticos, sobre as péssimas condições das estradas em
que os ônibus escolares fazem as linhas, a construção de uma
cisterna para abastecimento de água, resgate da memória das festas
realizadas pela escola e sobre a identidade dos jovens que morram em
uma área de reforma agrária.
Além,
de ser
uma
ferramenta de comunicação eficiente, o boletim consegue desenvolver
o aprimoramento da escrita e da leitura, auxiliando
os professores da disciplina de português e
estimulando a cultura da leitura, ao passo que se torna prazerosa por
ser fruto do próprio trabalho dos estudantes.