terça-feira, 25 de junho de 2013

Juventudes da Cantu entregam ao Governador



 “Juventude da cantuquiriguaçu não abre mão da consolidação do campus da UNICENTRO em Laranjeiras do Sul – Campus Já!”

 Nesta sexta-feira, dia 14 de junho de 2013, o Srº Governador do Paraná, Beto Richa, esteve presente em Laranjeiras do Sul, anunciando os investimentos do Estado no município e região.
Rompendo com o protocolo previsto, e superando a resistência encontrada, devido à presença de inúmeros seguranças e policiais, as Juventudes da região organizadas interromperam o ato político, apresentaram para o público presente as demandas dos jovens, e entregaram em mãos do governador a pauta de reivindicação das juventudes.
Confira abaixo a pauta:

Excelentíssimo Sr. Governador Beto Richa

Pauta do Coletivo da Juventude Sem Terra e Colégio Estadual do Campo Iraci Salete Strozak
            Nós, jovens, trabalhadores e estudantes do campo do território da Cantuquiriguaçu, estivemos reunidos na escola, em atividades e encontros de formação, como a Escola da Juventude, debatendo as principais problemáticas e desafios do jovem do campo nas esferas do trabalho e renda; auto sustentação da juventude em áreas de assentamento e comunidades camponesas; cooperação; os impactos dos agrotóxicos e suas consequências para a saúde humana e o meio ambiente; Educação do Campo, pública, gratuita e de qualidade; democratização de espaços e meios culturais no campo.
O Território da Cantuquiriguaçu possui maior parte de seus habitantes morando no campo, constituindo-se como uma das populações mais jovens do Paraná. No entanto, é marcada pelo baixo IDH-M e pela maior taxa de pobreza do Estado. Tais índices explicitam as condições de exploração e exclusão que atingem a vida dos jovens que residem na região.
Compreendemos o papel fundamental neste território, apoiamos e estivemos engajados na luta pela construção da universidade, que deve corresponder à demanda regional de formação de professores, mas também buscar aprimorar o debate crítico-social bastante presente pela forte presença dos Movimentos Sociais do Campo, com ações concretas nos acampamentos, assentamentos e em nossas escolas. Assim, é importante preparar educadores e  trabalhadores para uma atuação profissional que vai além da docência e cargos, dando conta da gestão dos processos educativos que acontecem na escola e no seu entorno, atuando também em outras atividades educativas não escolares junto às populações do campo, movimentos e organizações sociais.
Tendo em vista a situação apresentada e as problemáticas debatidas, exigimos:
Construção do Centro de Alternância para que os jovens possam estudar e contribuir no trabalho familiar, fortalecendo a política da Educação do Campo, com uma efetiva implantação de proposta pedagógica de formação garantindo cursos de graduação e pós graduação (Especialização, Mestrado e Doutorado);
Garantir projetos de Pesquisa e Extensão de formação na área da cultura, arte, produção, educação, meio ambiente na perspectiva de desenvolvimento regional sistematizando as experiências do modo de vida camponês como possibilidade de reafirmar sua cultura;
Ampliar a oferta de cursos que atendam a demanda da região no âmbito da Educação, com Licenciaturas em História, Filosofia, Sociologia, Artes, Educação Física, Matemática, Física, Biologia e Química, fortalecendo o Campus de Laranjeiras do Sul como um Centro de referência na formação de professores nas diferentes áreas do conhecimento;
Criar o curso de Medicina Veterinária que desenvolva a matriz tecnológica da agroecologia;
Criar Fóruns, Grupos de Estudos e Pesquisa sobre Juventude, para pesquisar dados e índices sobre a juventude em nossa região, elaborando estratégias para curto, médio e longo prazo nas suas diferentes dimensões;
Garantir espaços para proposição da Juventude quando for discutido a criação de novos cursos na UFFS e a consolidação do campus UNICENTRO para Laranjeiras do Sul;
Ter professores e profissionais formados na área de artes cênicas, visuais, plásticas e de música;
Criar a Escola de Aplicação de Educação numa Escola Estadual do Campo;
Desenvolvimento de atividades culturais, artísticas, cinema, amostras, sinfonias, festivais, entre outras, no Cine Teatro Iguassú com acesso ao conjunto da comunidade regional;
Manter as escolas abertas no campo, garantindo o acesso a escolarização próximo de onde os estudantes  residem, conforme pauta da Campanha Nacional contra o fechamento das escolas do campo: Fechar Escola é Crime!
Cumprir a lei federal do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE, que garante a compra direta da merenda escolar dos camponeses retirando do consumo a merenda enlatada;
Proibição de alimentos cultivados com agrotóxicos na merenda escolar nas escolas, e a garantia de alimentos agroecológicos produzidos pelos camponeses;
Garantir a qualidade e a segurança no transporte escolar. Assegurar junto a administração municipal a melhoria dos meios de transporte, bem como, a conservação das estradas de linhas escolares. É inadmissível que os 200 dias letivos sejam prejudicados pela não circulação do transporte devido a má condição das estradas, comprometendo a formação dos estudantes das escolas do campo;
O Colégio Iraci Salete Strozak é uma escola pública do Campo. Conforme Resolução de distribuição de aulas 5590/2010 esta teria lotação de educadores obedecendo a prioridade de já ter atuado em anos anteriores na escola. A instrução 027/2010 SUED/SEED estabelece a lotação dos educadores em áreas do conhecimento. Esta resolução são da SEED e o que a escola questionou foi o não cumprimento das mesmas, sendo que em nenhum momento foi ou é intenção desta instituição e de seus gestores selecionar os educadores. a luta do coletivo da Escola é pela lotação de educadores com 40 horas na Escola Iraci e nas Itinerantes, pois esta é uma demanda do Ciclo de Formação Humana;
Construção imediata de pelo menos quatro salas de aulas para suprir as necessidades das turmas que hoje estão tendo aula em espaços inadequados, improvisados na comunidade.
Coletivo de Estudantes do Colégio Iraci Salete e da Brigada Ireno Alves dos Santos.



Dançando na Escola



GRUPO DE DANÇA
REFLEXOS DA LUTA

            DANÇANDO HISTÓRIAS.
            O grupo de dança do Colégio Estadual do Campo Iraci Salete Strozak, nasceu de uma das práticas realizadas pelo projeto de iniciação á docência (PIBID), do curso de Licenciatura em Educação do Campo (LEDOC), no ano de 2012.
             Iniciou com a dança Circular, trazendo nos passos reflexos da cultura camponesa e em seguida o hip hop com a história da conquista da terra. Atualmente é realizado na quinta – feira,  cada 15 dias, pela parte da manhã.
O nome Reflexos da Luta foi escolhido por estar presente nos movimentos das nossas danças reflexos da nossa história enquanto sujeitos do campo, na luta pela terra e educação;
 Buscamos por meio da dança expressar também nossos anseios e conquistas;
No símbolo esta presente elementos que identificam o grupo enquanto sujeitos da luta que nos reflexos do movimento são autores da história.
            O punho colorido expressa a luta dos povos do campo pelo que é de direito;
            As bandeiras do MST e do CEISS, vinculadas ao lápis, a enxada e ao sol do socialismo, refletem o histórico da escola fruto da reforma agrária e da luta dos trabalhadores por educação do/no campo.
            Nas asas procuramos representar nossos anseios e expectativas quanto a  nossa liberdade de expressão e opção de escolhas.
            Nos movimentos da dança, na cor vermelha  apontamos para nosso nome, destacando nossa identidade Sem Terra.
OBJETIVOS:
- Trabalhar o aspecto social da dança, ou seja, a dança como atividade de reflexão social.
- Vivenciar a dança;
- Criar novas coreografias de acordo com a cultura, anseios e conquistas.
- Romper com os passos prontos  e alienantes, repassado pela mídia;
- Ensinar a dança sobre um perspectiva contemporânea.
- Selecionar músicas com letras significativas ou instrumental.
- Apresentar diferentes tipos de ritmos.
- Aprimorar a expressão corporal.
- Buscar novas formas de se apropriarem de sus corpos, conectando-se com as sensações internas e com a vida.
- Troca de experiências, valorizando o conhecimento trazido pelos educandos.
Conhecer as diferentes danças culturais, paraense e brasileiras;
PORÇÃO DA REALIDADE
-                      Cultura camponesa;
-                      Conquista da terra;
-                      Agroecologia # agronegócio.
REFERENCIAL TEÓRICO
Além de conhecer os mais variados ritmos de dança, e aprender passos já existentes que reforçam os valores e a cultura brasileira, o aluno que pensa ao dançar, formando novas coreografias conectadas com a vida, rompe com os passos prontos  e alienantes, repassado pela mídia. Neste sentido a autora MARQUES (2007,p.51) diz que:
Ao experimentar tais possibilidades, o aluno poderá também apreender sobre a flexibilidade e o respeito na tomada de decisões, e como interagir criativamente no mundo sem que tenha que impor de maneira autoritária, injusta e desrespeitosa suas ideias.
            Ajudando na construção da coreografia da dança o aluno, aprende a olhar com criticidade os temas que permeiam a realidade, aprende a sugerir e compreender a opinião dos colegas e viver em sociedade com autonomia.
É necessário que a dança na escola tenha o compromisso social de problematizar, criticar e transformar as relações entre dança e sociedade. MARQUES ainda afirma que: “Cresce cada vez mais a necessidade de fazer com que a dança, enquanto arte, possa também estabelecer intersecções críticas e transformadoras com o mundo” (MARQUES,2007,P.163).
Desta forma buscamos por meio da dança problematizar questões sociais, resgatando valores que não podem ser esquecido na história, coma a nossa identidade Sem Terra, podendo assim encontrar possíveis soluções;
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MARQUES, Isabel A. Dançando na Escola. 4 ed. São Paulo, Cortez, 2007.

Ensaio de Hip Hop

RISCOS NAS ESTRADAS: QUEREMOS MUDANÇAS!



 Por: Educandos do 9º ano "B"      
      Nossas estradas estão em péssimas condições de uso, quando chove não podemos ir ao colégio, porque os ônibus não conseguem fazer as linhas do assentamento. E com razão, pois as estradas estão cheias de buracos, sendo perigoso acontecer algum acidente, devido, as estradas não estarem cascalhadas.
         As comunidades que sofrem com as estradas, deveriam unir-se para ir até a prefeitura pedir providências quanto ao cascalhamento das linhas, mas o que falta é a iniciativa das famílias e quem sai perdendo é os alunos que perdem aula e muito conteúdo nos dias chuvosos.
         Com isso muitas pessoas acabam sendo prejudicadas, porque as estradas estão ruim, pois nos dias de chuva não há transporte e as pessoas não podem sair do assentamento para ir até a cidade, até mesmo para quem vem conhecer nosso assentamento fica difícil de se deslocar de uma comunidade para outra quando chove.

INOVANDO IDEIAS POR MEIO DOS PROJETOS




Por: Educandos do 9º ano "B" - 2013         



Neste ano de 2013, vários projetos estão sendo desenvolvidos no Colégio Iraci Salete Strozak. Tem por intenção proporcionar um espaço aos educandos, em que eles se sintam produtores de sua cultura. Esses projetos acontecem em contra-turno, e envolvem boa parte da juventude. Os projetos ofertados pela escola, são: Agroecologia, Teatro, Dança, Judô, Xadrez e Violão. Vamos apresentar ao leitor um pouco de cada projeto do nosso colégio e seus benefícios.
         A oportunidade de motivar os alunos a produzir alimentos é vista com o projeto de Agroecologia, serve para nos ajudar a aprender várias coisas úteis, dentre elas, um bom exemplo, é como adubar a horta corretamente, com alguns cuidados que devem ser tomados com as hortaliças.
         Quando participamos do Teatro, passamos a ver com outro olhar, a perceber o teatro como uma forma para se expressar melhor com as pessoas. Ele ajuda no desenvolvimento mental e verbal das pessoas, também melhora na interação com a sociedade.
         O sonho de transmitir a luta pela terra, também está presente na Dança, um espaço onde somos livres para expressar nossas emoções e transformá-las em arte. Sendo que, a dança nos ajuda na coordenação motora, equilíbrio mental e nos ajuda a diminuir a ansiedade, aumentando a concentração.
         O momento do Judô é um dos momentos mais aguardados pelos alunos, e ajuda na agilidade, reflexos rápidos, maior flexibilidade e força.
         O esporte é representado com a prática do Xadrez, que auxilia-nos a ter melhor memória, estratégia, raciocínio rápido e lógico.
         A música embala a luta dos alunos pelo acesso ao conhecimento, por isso as aulas de Violão vem acompanhadas com muitos ensinamentos, tanto a aprendizagem de como saber tocar os instrumentos de corda, como o próprio estimula a composição de músicas pelos alunos.

Grupo de Dança Reflexos da Luta

Oficina de Muralismo

Saci Arte

Programa de Agroecologia