Por Rudison Luiz Ladislau
Se ficar o Richa come, se correr o Richa pega e se unir o Richa foge
A greve na
rede estadual de ensino do Paraná continua, educadores permanecem em movimento nas
diversas regiões e na capital, e cada dia que passa outras categorias aderem as
grandes manifestações em defesa dos direitos da classe trabalhadora que estão
sendo atacados pelo atual governador Carlos Alberto Richa (PSDB).
A educação
pública paranaense da básica ao ensino superior, está passando por uma das maiores crises da sua história, momento
crítico que se instalou principalmente após a reeleição do governador Richa,
quando então tem escancarado seu projeto neoliberal de sociedade, projeto esse
que tem atacado principalmente a educação, mas não só.
Da escola à
universidade pública, a precarização e o desmonte acontecem com o corte total de
verbas para manutenção dessas instituições, inviabilizando qualquer
possibilidade de funcionamento, através da redução do porte de escola, que na
prática é o rebaixamento do número já insuficiente de funcionários, pedagogos,
direção, ao fechamento de turma e a conseqüente superlotação das salas de
aulas, a uma série de ataques aos planos de carreiras e outros direitos,
arduamente conseguidos após décadas de luta, a tentativa de destinar os bilhões
do fundo previdenciário para arcar outras contas do Estado, entre umas tantas
outras medidas que agridem os direitos do conjunto dos trabalhadores, como o aumento
de 40% no IPVA, aumento do pedágio, aumento do ICMS de mais de 90 mil itens,
etc.
As medidas
anunciadas atacaram frontalmente com os interesses da população, por isso, não há
espaço para neutralidade, ou para qualquer tipo de discurso de conciliação,
isso tem ficado evidente para todos, gerando uma série de movimentos, desde a educação,
básica e superior, ao Detran, aos agentes penitenciário, ao movimento dos
caminhoneiros, ao movimento estudantil e tantos outros que estão por iniciar.
Diante dos
fatos, não há outra possibilidade se não a greve geral. Em todo o Estado, o
sentimento de indignação e revolta cresce a cada dia, inclusive dentro daqueles
setores da população que eram partidários deste desgoverno. Como resultado, a unidade
de categorias e da classe, tantas vezes discutidas, nesse momento pode ser
percebida como há muito não se tinha.
Agora que a
luta aflorou, vai exigir muita organização e disposição de todos. O resultado é
imprevisível, mas é certeza de peleia das grandes.
“Pisa ligeiro, pisa
ligeiro, quem não pode com a formiga, não atiça o formigueiro! quem não pode
com a formiga, não atiça o formigueiro!”
Confira as fotos das
mobilizações de educadores da rede estadual, caminhoneiros e UNICENTRO
ocorridas em Laranjeiras do Sul/PR em 23 de fevereiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário